“Como
eu era antes de você”,
livro da escritora e jornalista Jojo Moyes, publicado pela Intrínseca em 2013.
Tenho o costume de comparar muito
esse livro com o “Um dia”
de David Nicholls, que além de não ser um romance diabético, também traz do
resgate de duas pessoas. Em “Um
dia”, o Dexter tenta de todas as
maneiras mostrar
à Emma do que ela realmente é capaz. Já em “Como eu era antes de você”, o Will tenta fazer com que Lou
acredite em si mesma e comece a ter ambições, motivando-a à parar de ficar nas
sombras de Treena. Ele quer que ela se descubra, deixe de se contentar com o
que tem e que seja feliz, que volte a estudar e pare de pensar que somente
Treena pode fazer isso. Coisas simples como assistir um filme legendado já é
importante para Will que Louisa tenha vontade mudar. Assim como Lou tenta
mostrar para Will que o mundo não acabou, que ele ainda pode aproveitar, ser
feliz e se permitir viver novamente. Para ele, entretanto, lidar com uma
tetraplegia não é tão simples, conviver com o olhar de pena das pessoas - tanto
próximas como desconhecidos - se adaptar as inúmeras limitações, ser dependente
e ter uma saúde frágil são grandes problemas que não podem ser mudados. Mas, a
felicidade e o amor verdadeiro Louisa consegue trazer para a vida de Will. Não
gosto de chamar de mudanças o que um faz no outro, mas sim de descobertas,
porque no fundo o que um quer resgatar no outro já existe, só precisa ser
aflorado.
Cada vez que me lembro da história tenho vontade de tirar o
livro da estante e ler novamente, a história vai além do romance, a amizade
entre eles, às descobertas e reaprendizagens são os pontos principais. A Jojo
Moyes teve muito sucesso ao escrever esse livro e passar várias mensagens, como
o modo que estamos vendo a vida, deixar o egoísmo de lado e entender o que é o
amor verdadeiro. Essa definição vem por trás de Will e Lou, da parceria, da
inocência e pureza do amor deles. Entrou sem dúvida nenhuma para a lista dos
meus livros preferidos, vale muito a pena ler e para aqueles que não gostam de
romances... Não tenham preconceito! O
romance é uma pequena parte desse livro maravilhoso, que tem muito a oferecer. O
livro é perfeito, singular, surpreendente, triste e encantador.
“Às vezes, Clark, você é a única
coisa que me dá vontade de levantar da cama.”
(Traynor, Will).
E aí, alguém ficou com vontade de ler? Ou para aqueles que
já leram o que acharam? Deixe seu comentário!
PS: Em breve eu posto a resenha do livro “Um dia”.
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